Depois de anos de promessa, o Spotify Lossless começou a ser liberado para usuários Premium. A ideia é entregar músicas em qualidade de CD, sem perdas de áudio.
Concorrentes como Apple Music e Tidal já oferecem esse recurso há bastante tempo — e até vão além, com áudio em alta resolução. Por isso, nessa corrida pela qualidade sonora, o Spotify está apenas se atualizando.
Mas a grande dúvida continua: será que o Lossless no Spotify faz diferença real para os ouvintes comuns?
O que é áudio Lossless?
Quando você ouve música em plataformas digitais, os arquivos são comprimidos para ficarem mais leves e fáceis de transmitir. Essa compressão descarta detalhes sonoros que, em teoria, você não perceberia.
O Spotify Lossless promete resolver isso. Ele utiliza um tipo de compressão que reduz o tamanho do arquivo sem eliminar nenhuma informação. O resultado é um áudio equivalente ao de um CD, com qualidade considerada perfeita para a audição humana.

Spotify Lossless vs áudio comprimido
Atualmente, o Spotify Premium já transmite músicas em OGG a 256 kbps, que é praticamente indistinguível de um arquivo Lossless para 99% das pessoas.
Testes cegos mostram a realidade
Vários testes comparando MP3 a 320 kbps com arquivos sem perdas revelam que até engenheiros de áudio e produtores têm dificuldade em notar diferenças. E quando percebem, são detalhes tão sutis que não impactam a experiência no dia a dia.
Ou seja: para quem escuta no telefone, com fones básicos ou caixas Bluetooth, o Spotify Lossless não vai trazer uma revolução sonora.
O fator psicológico no Spotify Lossless
Há também o efeito placebo: quando alguém sabe que está ouvindo Lossless, tende a acreditar que o som é mais nítido ou cristalino. Mas quando o teste é feito sem a pessoa saber qual arquivo está tocando, essa certeza desaparece e vira quase um chute.
Apple Music e Tidal já estão na frente
Enquanto o Spotify só agora começa a liberar o Lossless, Apple Music e Tidal já oferecem esse recurso há anos — e com um diferencial: além do Lossless, eles contam com áudio em alta resolução (Hi-Res), algo que o Spotify ainda não entregou.
Para quem realmente busca qualidade máxima, essas plataformas seguem mais completas.

Vale a pena usar o Spotify Lossless?
Se o recurso vier incluso na assinatura Premium, não há motivo para não ativar. Mas é importante ter clareza:
- O impacto real é mínimo para a maioria das pessoas.
- Investir em bons fones ou caixas de som vai transformar muito mais sua experiência do que trocar do formato comprimido para o Lossless.
- O Lossless é um detalhe técnico que só faz diferença em equipamentos de alto nível, em ambientes silenciosos e para ouvintes treinados.
Antes tarde do que nunca
O Spotify Lossless é uma novidade positiva, mas chega mais como símbolo do que como revolução. Ele coloca a qualidade de áudio em pauta, mas não muda a forma como a maioria consome música no streaming.
Enquanto isso, Apple Music e Tidal continuam liderando quando o assunto é qualidade sonora. Já o Spotify segue forte onde sempre brilhou: conveniência, curadoria e popularidade.
Para o usuário comum, o Lossless no Spotify será apenas um detalhe.
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